Atualmente, o Ferro de Redução Direta (DRI) é usado principalmente na produção de aços de alta qualidade, como revestimentos e tubos de perfuração para a indústria petrolífera, aço para molas, aço para mancais, rotores de geradores de turbinas a vapor, canos de armas, bem como aço para as indústrias aeroespacial e nuclear. A produção de DRI tem aumentado ano a ano, com 12 países monitorados pela Associação Mundial do Aço produzindo um total de 86,591 milhões de toneladas em 2020.
Como o DRI não contém elementos residuais, ele permite a produção de aço limpo com conteúdo residual mínimo. O número de inclusões não metálicas no aço é significativamente reduzido, melhorando as propriedades de laminação a quente e a frio, especialmente a resistência à tração. Além disso, o DRI ajuda a reduzir o teor de enxofre (S) no aço e permite o controle da morfologia das inclusões de enxofre, aumentando assim a resistência do aço à expansão e à torção, melhorando, em última análise, a qualidade geral do aço.
A experiência prática demonstrou que a adição de DRI pode impactar significativamente tanto a produtividade quanto o rendimento em operações de Forno a Arco Elétrico (FEA). Em casos onde a qualidade da sucata é ruim e múltiplas cargas (3 a 4 vezes) são normalmente necessárias, a incorporação de DRI pode reduzir o número de ciclos de carga e aumentar a produtividade. A taxa de recuperação do aço fundido é influenciada por fatores como a taxa de metalização do DRI, o teor de ganga e o teor de carbono. Para atingir taxas de recuperação mais altas, deve-se utilizar DRI com maior taxa de metalização ou adicionar cementantes para promover uma maior redução do ferro no forno.
